A história da nossa paróquia confunde-se com a do município que ela abrange: Boninal, na Bahia. Remonta ao século XVIII, com a descoberta de ouro em Bom Jesus dos Limões (atual Piatã) e em povoados próximos, o que atraiu para a região aventureiros portugueses e paulistas. Nesse contexto, surgiu o povoado de Freve, localizado nas margens do Rio Cochó.

​No século XIX, com a mineração de diamantes em Mucugê, Andaraí e Lençóis, o povoado tornou-se um ponto de pouso para viajantes, aventureiros e tropeiros que se dirigiam a essas jazidas. Em meados do século XIX, com a chegada do Sr. José de Souza Guedes, o nome do lugar foi alterado para Sumidouro, em virtude do rio local, cuja beleza chamava atenção e que desaparecia à vista ao chegar a um trecho chamado Travessão, espécie de pântano. A região era conhecida pela intensa atividade dos tropeiros, como o próprio Sr. Guedes, que mais tarde foi intendente e coronel.

​Em momento incerto, o povoado de Sumidouro foi elevado à categoria de distrito. A capela que hoje é a matriz da nossa paróquia provavelmente foi erigida nessa época, entre o final do século XIX e o início do século XX. Por meio da Lei Estadual nº 1.078, de 5 de julho de 1915, foram desmembrados de Bom Jesus do Rio de Contas os distritos de Sumidouro e Carrapato (renomeado em 1923 para Palmares), para a criação do município de Guarany, com sede no antigo Arraial de Sumidouro.

​Com o fim do ciclo do diamante, pelo Decreto Estadual nº 7.479, de 8 de julho de 1931, o município de Guarany foi extinto e anexado ao de Anchieta (atual Piatã, desde 1944).

Por meio do Decreto-Lei Estadual nº 141, de 31 de dezembro de 1943, e do Decreto Estadual nº 12.978, de 1º de junho de 1944, os distritos de Guarany e Palmares tiveram seus nomes alterados, respectivamente, para Boninal e Bastião. Este último foi posteriormente renomeado para Nova Colina, consolidando sua identidade atual.

A Lei Estadual nº 1.688, de 23 de abril de 1962, desmembrou de Piatã os distritos de Boninal e Bastião para criar o novo município de Boninal, que foi oficialmente instalado em 7 de abril do ano seguinte.

​O município de Boninal localiza-se na Chapada Diamantina e recebeu seu nome em alusão à bonina, flor que se assemelha à do quiabento. Boninal significa "campo de boninas". Possui uma área territorial de 896,857 km².

Nossa paróquia possui uma beleza única, com habitantes hospitaleiros que transbordam simpatia, somando-se a isso a tranquilidade típica de uma cidade do interior. Como em toda a Chapada Diamantina, Boninal apresenta diversas manifestações culturais: grupos de reiseiros, Bumba Meu Boi, capoeira, danças de roda, festas dos padroeiros, festejos juninos, além de expressões do artesanato e da culinária. Destacam-se as festas do Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora das Graças, na sede, e a de São Sebastião, na vila de Nova Colina. Na culinária, destaca-se a Malamba, um caldo de frango com fubá, comumente servido nas festas religiosas e nos períodos de frio.

​Além de sua tradicional festa junina, Boninal atrai olhares por suas belezas naturais. Um dos destaques é a Cachoeira dos Índios, onde se podem observar pinturas rupestres. Há também o Morro de Areia, entre as comunidades de Mulungu e São Joaquim, local ideal para apreciar o pôr do sol, realizar atividades recreativas e fazer piqueniques.

​O decreto de criação da Paróquia Senhor do Bonfim de Boninal data de 20 de dezembro de 1962, mesmo ano da criação do município. As atividades paroquiais começaram em 1º de janeiro de 1963, tendo como primeiro vigário provisionado o Pe. Celestino Pinheiro. No entanto, nenhum morador recorda sua posse, e os primeiros registros de batismo, datados de abril de 1963, têm como celebrante o Pe. Rodolfo Sardi, residente em Piatã, que atendeu Boninal até a chegada do Pe. Cléber, em 1996, o primeiro padre residente na paróquia.

​A festa do titular da paróquia, Senhor do Bonfim, era celebrada sempre em abril, normalmente no último fim de semana do mês. Porém, o Pe. Gilvânio, provavelmente em 2011, instituiu o 4º Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, como data oficial da missa festiva.