1ª Rs 17,17-24;
Salmo 29(30),
2.4.5-6.11.12a.13b;
Gl 1,11-19;
Lc 7,11-17.

A
liturgia de hoje prepara a escuta do evangelho contando o que aconteceu séculos
antes, no tempo do profeta Elias (I
leitura). Sobreveio um longo período - três anos e meio! – de seca; o profeta
tinha encontrado hospitalidade em casa de uma pobre viúva. Ela tinha lhe preparado
comida com a última farinha que havia. Agora, depois de tanta generosidade, morre
o seu único filho. Por isso, ela reage, agressiva, contra Elias, jogando na
cara dele: ‘Você, que é um homem de Deus, veio para me castigar de algum pecado
que cometi’ (pensem come era tão distorcida a imagem de Deus!). Elias fica
comovido e invoca o Senhor, pedindo que devolva a vida a esse menino. Deus atende
ao pedido do profeta, que logo restitui o filho vivo à mãe. Ela, então,
reconhece: “tu és um homem de Deus, e a palavra do Senhor é verdadeira em tua
boca”.
O
apóstolo Paulo (II leitura)
testemunha com sua vida uma profunda experiência de transformação. De fato,
confessa: “Quando, aquele que me separou, desde o ventre materno e me chamou
por sua graça” ele se tornou uma nova pessoa, aberta à vida nova em Cristo e
por toda a vida demonstrará as maravilhas que Deus realizou nele. A força de
Deus está sempre ao serviço de sua misericórdia. Por isso, com o salmista, podemos
cantar: “Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em
uma festa”.
Deus
não é indiferente ao pranto humano. Ele tem compaixão de nós e sempre quer nos
doar a vida, uma vida plena. Por isso, Ele transforma as nossas situações de
miséria e desespero e abre a ‘porta da fé’ e horizontes de vida e de esperança aos
que n’Ele confiam.. Os que estavam acompanhando ao cemitério o jovem morto,
saindo pela porta da cidade, agora podem retornar ‘com cânticos de alegria’(Salmo). O encontro com o Senhor já
transformou o luto em festa.
Esse
acontecimento deve ser para nós uma luz. Todas as vezes que encontramos, isto
é, fazemos experiência viva do Senhor ressuscitado, deve acontecer em nós
mesmos, uma transformação interior que nos torna capazes de vitalidade, de
alegria e renovada esperança na vida, apesar de tudo.
Também
o encontro que vivemos na celebração da Eucaristia é momento que marca nossas
vidas e as torna fonte de renovação interior e de paz. Seremos assim semeadores
de alegria, esperança e renovação com toda a nossa vida.
Bispo Diocesano