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A Conversão de São Paulo, de Caravaggio
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Um
pensador francês do século XVII, Blaise Pascal, denunciava, no seu tempo, o que
ele chamava de divertissement.
Questionava aqueles que caindo na “diversão” esqueciam-se de pensar as coisas
mais importantes da sua existência. Vivenciamos os primeiros dias de 2013, os
primeiros dias de um novo ano. Notamos como a sua chegada foi marcada por muita
comemoração, muita festa. Mas depois de tanta euforia, o que nos resta?
Assim, penso
que a crítica de Pascal faz-se muito pertinente na atualidade, levando-nos a
perguntar se a “virada” de ano foi apenas uma mudança de números, representou
apenas momentos de muita distração, ou marcou uma transformação em nossa vida,
a partir dos projetos e ideais que nos propomos neste novo tempo.
Um
grande exemplo a ajudar-nos é São Paulo. No próximo dia 25 celebraremos a festa
da sua conversão. Ele mais do que ninguém, mostra-nos que é possível viver essa
experiência da mudança de vida deixando para trás tudo o que não nos convém e
abraçando, em sua existência, um projeto de vida novo pautado em Jesus Cristo e
em seu Evangelho.
São
Paulo ainda nos lembra que não vale a pena prender-nos excessivamente ao
passado. Ele, de perseguidor do cristianismo, tornou-se um dos maiores
propagadores do evangelho, mostrando que “águas passadas não movem moinhos”, como
nos diz a sabedoria popular.
Desse
modo, passadas as festas, chegado o fim das férias, voltaremos ao nosso
cotidiano. Urge aqui o clamor de não ser tudo como antes, mas de revigorar a
esperança de sermos melhores, viver dias melhores, firmes na fé e na missão que
assumimos.
Se nosso
passado foi marcado por falhas e desenganos, Deus concede-nos a oportunidade de
um novo começo. Serão mais 365 dias em que, como São Paulo, seremos chamados à
conversão. Portanto, nos espelhemos na figura deste grande santo e, com a graça
de Deus, busquemos fazer de 2013 um ano de muitas realizações em nossa vida.
Sem. Jandir Silva
1º ano Teologia