CONGREGAÇÃO
FUNDADA POR SANTA PAULINA NA SIMPLICIDADE DE UM CASEBRE FAZ HISTÓRIA E ROMPE FRONTEIRAS.
Havia
no povoado de Vígolo, Nova Trento, Santa Catarina, Brasil, um casebre, que em
1890, no dia 12 de julho, acolheu uma cancerosa em fase terminal. A pobre
doente foi levada neste casebre por duas jovens: Amabile Lucia Visintainer e
Virginia Rosa Nicolodi, que já olhavam os doentes, cuidavam do Catecismo e da
capela. Além desse trabalho apostólico, Amabile, em sonho, recebeu da Virgem
Imaculada o pedido de começar uma obra. A jovem assustada e tímida, respondeu,
com toda confiança e fé, um corajoso: Servi-vos, minha querida mãe. Pouco
tempo depois as jovens passam a residir no centro de Nova Trento com maior
expansão do seu apostolado que é coroado com a visita do Bispo de Curitiba, Dom
José de C. Barros, que impressionado com a vida e o apostolado de Amabile e
suas companheiras, num gesto inesperado aprovou, canonicamente, a Congregação,
no dia 25 de agosto de 1895. Desde
aprovação Amabile e as duas primeiras companheiras se preparam para a entrega
total a Deus pelos votos religiosos, no dia 07 de dezembro de 1895. Que salto
qualitativo: as pobres camponesas são agora as primeiras religiosas de uma
Congregação do Sul do Brasil. Um
casebre povoado – jovens atraídas pelo exemplo das irmãs, se preparam com a
fundadora para servir o povo de Deus na Igreja. Também são acolhidos no
casebre: órfãos, pobres e doentes. Com tanta gente é preciso prover o sustento.
A Madre Paulina não esmorece. Cria a fabrica de seda, trabalha na roça, como
bóia-fria! Aluga uma casa para ser centro de pastoral.
É a mulher do tear, da enxada, da
pastoral!
As
comunidades caminham em clima de oração, trabalho e apostolado, quando outro
pedido surpreende Madre Paulina. Em 1903, Pe. Rossi, de São Paulo, chama as
Irmãzinhas para atender os órfãos de ex-escravos na Colina do Ipiranga, na
Capital de São Paulo. Em
1909, vítima de uma calúnia, a Madre Paulina é deposta do cargo de superiora
geral e vai viver seu Getsêmani: Viva e morra na Congregação como súdita, no
exílio de Bragança. É aqui neste chão de muita humildade, oração e sacrifício
que a Congregação cresce e se expande para várias regiões de São Paulo e Minas
Gerais. Em
1933, o Papa Pio XI honra a obra de Amabile com o Decreto de Louvor e aprova
suas Constituições: dois sinais das bênçãos do pai Celeste e da Virgem
Imaculada. Em
1934, as Irmãzinhas vão para as missões no desconhecido Mato Grosso, com a
benção da fundadora, que vibrou com esta nova missão no sertão do Brasil. Ai
vivem muitas Irmãzinhas – sempre missionárias – entre os índios, os caboclos,
os migrantes, que se encontram nos Estados do Oeste e Norte do Brasil. Os
anos passam, mas não diminui o ardor missionário da Congregação. Em 1942, ano
marcado pela volta à Casa do Pai, da Fundadora Madre Paulina, a Congregação havia
alcançado novos Estados com 47 casas, onde a tônica da missão eram os doentes,
pobres ou inválidos e crianças órfãos. Todo
o bem que Madre Paulina fez na terra foi coroado em 2002, quando o Papa João
Paulo II, na Praça São Pedro, no Vaticano, proclamou para toda a Igreja Católica,
que Madre Paulina a partir daquele momento fazia parte do Canon dos Santos,
isto é, seria para todo o sempre elencada e chamada santa Madre Paulina! A
canonização produziu o fenômeno das Romarias, que tornaram pequeno o espaço
para venerar a Santa e louvar a Deus. Por isso foi construído o Santuário Madre
Paulina em Vígolo de Nova Trento, Santa Catarina, onde milhares de peregrinos
visitam os lugares santificados pela Fundadora da Congregação das Irmãzinhas da
Imaculada Conceição.
Queridos
amigos e amigas,
“Nunca,
jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários”. Santa Paulina.
Ir. Helena Maria