As palavras do título são da fantástica obra
de Antoine de Saint-Exupéry “O Pequeno
Príncipe”.
O autor, que foi piloto do correio aéreo,
nasceu em Lyon, na França, em 29 de junho de 1900. Depois de ter desaparecido
após uma decolagem, foi dado como morto em 31 de julho de 1944. Eu te sugiro... leia “O Pequeno
Príncipe”. Se você já leu, então, Eu te
sugiro... releia “O Pequeno Príncipe”. Vale a pena reler, não só uma vez,
mas quantas puder, para que sua mensagem fique gravada no coração. A julgar o
livro pela capa, a impressão que se tem é que se trata de Literatura infantil.
Mas, a bem da verdade, não é apenas ‘livro de criança’. É de adulto também.
Isso porque, nas palavras de Amélia Lacombe, “todo homem traz dentro de si o
menino que foi”. Oxalá, pudéssemos não deixar morrer a criança que vive dentro
de nós! Como prêmio, poder-se-ia viver, no mundo, a beleza da paz refletida nos
olhos de uma criança. O próprio Jesus anunciou em seu Evangelho: “Deixem as
crianças vir a mim. Não lhes proíbam, porque o Reino de Deus pertence a elas.
Eu garanto a vocês: quem não receber como criança o Reino de Deus, nunca
entrará nele”. (Marcos 10,14-15). Aqui, a criança é exemplo por sua pureza, e
simboliza os simples de coração, os que não têm pretensões de maldade, os que
são transparentes e verdadeiros. Do mesmo modo, no livro, o narrador-personagem
encontra sua alma de criança a partir do encontro com o principezinho. Exupéry tece críticas às estruturas de poder, à
hipocrisia social, às relações de falsidade, à incapacidade de enxergar o outro
como semelhante. A leitura
agradável do livro provoca reflexões que toda pessoa deveria fazer. Para
compreender melhor o ser humano. Para compreender melhor a vida. Pois, cada
pessoa é convidada a dar o melhor de si para mundo. Como bem disse, certa vez,
Beata Madre Tereza de Calcutá: “Não permita que alguém saia de sua presença sem
se sentir melhor do que quando chegou”. Destaco, a seguir, algumas passagens do
livro, que já foi traduzido em oitenta línguas.
“É triste esquecer um
amigo”. (p.20)
“Eu conheço um planeta
onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou
uma estrela. Nunca amou ninguém. [...] Mas ele não é um homem; é um cogumelo.”
(p. 29)
“Se alguém ama uma flor da
qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para
fazê-lo feliz quando as contempla”. (p.30)
“É bem mais difícil julgar
a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és
um verdadeiro sábio”. (p.41)
“As estrelas são todas
iluminadas... Será que elas brilham para que cada um possa um dia encontrar a
sua?” (p.60)
“Se tu vens, por exemplo,
às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz”. (p.69)
“Só se vê bem com o
coração. O essencial é invisível aos olhos.” (p.72)
“Tu te tornas eternamente
responsável por aquilo que cativas”. (p.74)
Tenho certeza de que você, como eu, vai se
apaixonar pelo pequeno príncipe. Assim, permita-se ser tocado
por sua linguagem poética, e deixe que ele passe a viver dentro de você, para
que possas compreender que só o amor verdadeiro é capaz de nos fazer felizes. E
esse amor se traduz em sentimentos de amizade, respeito, gentileza, caridade, empatia,
serviço...
Por isso, a obra, antes de tudo, nos
humaniza, nos faz ir ao encontro do outro e criar laços. Afinal, a vida só é
possível quando andamos juntos, e, nela, o maior bem que possuímos é o amor que
dedicamos uns ao outros, o que nos torna seres humanos melhores.
Boa Leitura!
Raiana Cristina Dias da Cruz
Referência:
SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O Pequeno Príncipe. Tradução de Dom
Marcos Barbosa. 48ª Ed., 17ª Imp. Rio de Janeiro: Agir, 2005. (p.96). Título original: Le Petit Prince. Com aquarelas do autor.
Eis uma novidade!
A coluna "Eu te sugiro..." contará com publicação semanal, sempre as quintas-feiras, e trará diversas sugestões entre livros, filmes... Não deixe de acompanhar. A equipe agradece a colunista Raiana Cristina pela disposição e competência com a qual assume esse compromisso. Obrigado!