Acompanhe a introdução da palestra:
Em sua
palestra o prof. Andrea Grillo dizia que para acolher e entender o Concílio é
preciso “elaborar
‘linguagens
diferentes’ (O’Melley): o Concílio comporta uma conversão de linguagem que
é,
talvez, a
empreitada mais exigente para esta e as próximas gerações” e apontou “quatro
coisas a não
serem
esquecidas”, isto é, a) a liturgia é ação ritual, b) é experiência de comunhão,
c) é tempo festivo /
doado, d)
enfim é fons et culmen.
A partir
dessas sugestões, analisei os Documentos das quatro últimas Conferências do
Episcopado
latino-americano. O que estes importantes eventos eclesiais disseram no
que se refere a
dimensão que
estamos considerando, isto é, A liturgia qual momento histórico da salvação?
Falando a
Cultores e Professores de Liturgia, dispenso-me de aprofundar conceitos. Minha
colocação
pretende
captar a ressonância conciliar nos Documentos das Igrejas do Continente, qual
proposta de
recepção criativa e inculturada.
Observava
ainda o prof. Andrea, que a recuperação do conceito de Liturgia (L.) como “continuidade
com a obra
de salvação”, pede que se recupere, mais do que a noção teológica, “as
condições
antropo-teológicas
da sua verdade”. Neste sentido, as Conferências do Episcopado latino-americano
e caribenho,
procuraram usar uma linguagem muito em sintonia com a vida e a história de
nossos
povos. Essa
dimensão histórica da salvação, que se fundamenta na Páscoa de Cristo, encontra
sensibilidade
específica
na leitura teológica e pastoral de nossos documentos.
Até que
ponto as orientações dadas pelas quatro Conferências foram e estão sendo
recebidas,
deixo à
avaliação competente e experiente de todos. Com certeza, muito e positivamente
se caminhou,
mas, também,
longo caminho nos resta a fazer. Ainda mais que é-nos exigido muito cuidado
para não
esquecer os passos dados e voltar atrás, ignorando o que nestes últimos
decênios foi amadurecido
e
conquistado.